domingo, 3 de abril de 2011

domingo, 9 de maio de 2010

SER MÃE

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra!

Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada.
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!

(Coelho Neto)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pilates...


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segunda-feira, 22 de março de 2010

EXERCÍCIOS E LESÕES: O QUE ESTÁ ERRADO

Porque as pessoas se machucam durante a prática de exercícios? Não deveria ser exatamente o contrário? Segundo ortopedistas é grande o número de freqüentadores de academia e praticantes de diversas técnicas corporais que surgem lesionados nos consultórios. Sabe-se que a partir dos 50 anos, mais de 50% da população tem algum tipo de artrose. É cada vez mais precoce o aparecimento de lesões degenerativas (em meniscos, artroses na coluna, joelhos e quadris) em indivíduos que praticam atividades físicas. A avaliação fisioterapêutica, além de detectar as alterações posturais características de cada pessoa, deve fornecer subsídios importantes ao instrutor, para que este não agrave ou perpetue um quadro que possa levar a uma lesão séria, algum tempo depois.

Os exercícios devem ser ensinados de maneira a não exigirem demasiadamente de regiões que, em função da postura particular de cada um, já são muito solicitadas no dia a dia.

Se você treina e sente dor, alguma coisa está errada. A dor intermitente (que vai e volta) pode ser um sinal de que uma lesão está se formando vagarosamente, mas de maneira irreversível. Uma avaliação postural deve ser capaz de diagnosticar aspectos de risco para o sistema ósseo, muscular e articular. Pense nisso. Ou você acredita que uma hérnia apareceu ali, na sua coluna, da noite para o dia? Todos os movimentos que o corpo executa envolvem ossos, articulações e músculos, e também relações de alinhamento entre os ossos e de sincronia entre os músculos e o cérebro. Quando não existe essa sincronia, ou seja, quando o movimento é mal coordenado, e quando não se observa a organização do corpo - a postura, o alinhamento correto entre os segmentos - o exercício pode produzir danos nas articulações e nos ossos. Um “simples” alongamento, sem um bom alinhamento entre os ossos, além de não surtir o efeito desejado, pode machucar alguma outra região do corpo, como o pescoço ou a coluna lombar.

A corrida, tão preconizada e difundida, é outro exemplo. Ao andar ou correr você está, repetidamente, aumentando a carga sobre seus ossos, músculos e articulações. São práticas que exigem organização e alinhamento. Do contrário, mais cedo ou mais tarde surgirão as “ites” (tedinite, bursite, fasceíte plantar e outras inflamações).

É a forma de praticar a atividade que determina a sua função; se essa forma não for modificada por meio do movimento organizado, a lesão aparecerá.

Um corpo organizado pode não apenas retardar como evitar o surgimento de lesões, crônicas ou não. E há técnicas para garantir uma “boa” postura na hora de executar gestos repetidos.

Estúdio Santa Clara: Pça Natividade Simões de França, n.50. Bairro de Interlagos. Tel 95252799 - 28340120 - 56657032.

A QUALIDADE DOS MOVIMENTOS E A SAÚDE DO CORPO

Quais os movimentos que mais fazemos no dia a dia? Caminhar, sentar, levantar e pegar coisas. É isto? Estes movimentos diários funcionam também como um detector do nosso corpo: a qualidade deles reflete se estamos aplicando a força corretamente, ou se gastamos energia desnecessária. Demonstram a fluidez do gesto, ou para ser mais exata, sua coordenação, que pode revelar-se mais comprometida, seja pela sensação de peso, de tensão ou, é claro, de dor.

A dificuldade de sentar, de andar e de correr, mantendo a percepção de volume corporal, de espaço interno, da inter-relação entre músculos, ossos, articulações, com pouca liberdade ao respirar, são indícios de que o corpo não está fazendo seu papel como deveria. O andar pode, por exemplo, simplesmente arrastar o corpo, não reagindo com força necessária à gravidade. É assim que o aparelho locomotor se danifica, diminui seus espaços e suas possibilidades, pois ele é vivo e necessita de reação, expressão e força para sua manutenção.

Mas como reconstruir esse corpo? Primeiro devemos percebê-lo desde o arco do pé até a cabeça e as mãos, para depois organizá-lo. Vejamos alguns exemplos: quando o pé é desabado, caído para dentro, ele pode levar consigo um joelho em direção ao outro. Estes, por sua vez, podem rodar as coxas para dentro. Os pés não estão apoiando corretamente o corpo, pois não conseguem empurrar o chão, estão achatados e não conseguirão dar impulsão necessária para o deslocamento do corpo no espaço. Nestas situações caminhar pode gerar dor, cansaço; andar ou ficar parado se tornam atitudes em que a força não é transmitida adequadamente pelos músculos, pois os ossos não estão bem acoplados entre si e as articulações estão sofrendo forças degenerativas.

Repare como você caminha. Repare como fica parado de pé. Provavelmente você escolhe a mesma perna para se apoiar, enquanto a outra recebe pouca carga. A perna que está recebendo toda a carga repetidamente pode até ter o músculo mais desenvolvido, porém a bacia, que é o centro do corpo, também vai descarregar seu peso sobre essa perna e o corpo terá que buscar posições para se manter em equilíbrio. A coluna, sabiamente irá se contorcer, pois num primeiro momento ela tentará se manter sem dor, para mais tarde, quando isso não for mais possível, se enrijecer e travar, como proteção.

Precisamos passar por isso? Não, não mesmo. É possível descobrir como organizar nosso corpo conhecendo o trabalho de profissionais qualificados, que entendem que a forma do corpo e do movimento dão qualidade à função executada. Este trabalho contribuirá para que o corpo reconheça suas tensões internas, relaxe-as, gere espaço articular correto, e se reprograme com força adequada e constante.

Assim ele terá uma longevidade saudável, distante do círculo vicioso da doença e da dor.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Corpo interpreta pensamento abstrato

08/02/2010 - 07h46

Corpo interpreta pensamento abstrato de forma literal, mostra estudo


NATALIE ANGIER
do New York Times

A teoria da relatividade nos mostrou que o tempo e o espaço estão interligados - ao que nosso cérebro sabichão poderia bem responder: "Diga algo que eu não sei, Einstein".

Pesquisadores da Universidade de Aberdeen descobriram que quando pessoas foram solicitadas a participar de uma pequena viagem mental no tempo e relembrar eventos passados ou imaginar acontecimentos futuros, o corpo dos participantes interpretava as metáforas embutidas em como nós normalmente conceitualizamos o fluxo do tempo.

Enquanto pensavam nos anos passados, os participantes se inclinavam levemente para trás; quando fantasiavam sobre o futuro, eles se inclinavam para frente. Esses desvios não eram tipo a Torre de Pisa, mas correspondiam a 2 ou 3 milímetros para uma direção ou outra. No entanto, a direção era clara e consistente.

"Quando falamos sobre o tempo, muitas vezes usamos metáforas espaciais, como 'Espero o momento de poder te ver', ou 'Estou refletindo sobre o passado'", disse Lynden K. Miles, que conduziu o estudo com seus colegas Louise K. Nind e C. Neil Macrae. "Foi gratificante para nós tomar um conceito abstrato como o tempo e mostrar que ele foi manifestado em movimentos corporais."

Leia a íntegra da matéria, interessante pelo assunto abordado.



domingo, 31 de janeiro de 2010

O que é postura?



O conceito de postura é freqüentemente debatido por médicos, fisioterapeutas, educadores físicos e profissionais de diversas áreas da saúde. Questões como o que é postura? como obter uma boa postura? como mantê-la? tentam ser bem elucidadas para afirmar a eficiência das terapêuticas corporais vigentes.

As primeiras questões sobre postura remontam a época de Cícero (143-103 a.C.) e Santo Ambrósio (340 - 397 d.C.) que associavam o termo gestus à modestia – como o ideal da medida e o justo meio. Os parâmetros definidores dos gestos bom e mau eram a razão humana e a vontade de Deus, pois “os gestos eram considerados a expressão física e exterior da alma interior” (Schmitt, 1995, p. 142). O corpo era visto como a manifestação da alma e os cuidados com ele estavam relacionados com o controle dos hábitos. "Não negligencies a saúde do corpo. Controla a comida e a bebida, e todo o exercício do corpo. Por controlo, entendo evitar aquilo que mais tarde te trará dor. Segue modos limpos de vida, mas não os luxuriosos. Evita comidas proibidas; reflecte no que isto contribui para a pureza e redenção da tua alma", Phytagoras.
Com o decorrer da história, a ciência redirecionou o conhecimento à comprovação da descoberta. O homem passava a explicar a si mesmo. Era preciso comprovar à luz da verdade as leis que regiam a natureza. Dentre as ciências, a física e a mecânica deram caminho para o estudo do movimento e da estática, de onde veio a surgir bem mais tarde, nos séculos XIX e XX, a biomecânica e a fisioterapia apoiadas nos conceitos da mecânica newtoniana.
O modelo de postura do corpo que veio a servir de base para as pesquisas científicas ressaltava a retitude e sobriedade, surgindo com os militares na segunda metade do século XVIII. Camponeses europeus que eram recrutados para o exército tinham uma atitude mais franzina, era necessário disciplina perante o comando. Olhar firme, peito robusto, dorso ereto, ventre apontado para frente (Foucault ,1987). A prática de exercícios físicos para modelar e corrigir a postura se manteve até o sec XX, época em que algumas ciências redimensionaram a questão do corpo, situando-o não como uma máquina a trabalho da mente, mas como uma representação simbólica do homem. O conceito de retitude não tendo mais onde se apoiar caiu por terra; veio o feminismo, a revolução sexual, os hippies, e o corpo passou a ser experimentado de forma prazerosa e expressiva, dando vazão à várias técnicas corporais alternativas.
As pesquisas sobre postura foram buscar na anatomia e na fisiologia fatores biológicos determinantes que se referissem à expressão mecânica do corpo, e no estudo da expressão somática da personalidade, fatores de ordem psicofísica e socioambientais.
"A ênfase na discussão do alinhamento postural justifica-se pelo conceito de que o estresse mecânico tem repercussões clinicas, gera conseqüências no tecido conjuntivo, nos músculos e nas articulações. O mau alinhamento corporal pode alterar a distribuição de carga, a distribuição de pressão nas superfícies articulares, contribuindo assim para a degeneração articular e tensões musculares inadequadas." (Harrison, 1996, Riegger Krugh e Keysor, 1996, Freres e Mailort, 1997).
Quando o corpo funciona através de um esquema fisiologico, ele está numa condição de conforto, entretanto, por razões diversas, criamos esquemas adaptativos de organização para conservar o equilibrio com ausência de dor. O corpo se deforma, diminui sua mobilidade na medida dessas adaptações defensivas, menos econômicas, para reencontrar o conforto. Passa a gastar mais energia, produzindo uma fadiga importante; se as compensações não forem mais suficientes, o indivíduo nao consegue assumir o ortostatismo e fica acamado (Busquet, 2000).
F. Kendall, fisioterapeuta sueca que faleceu no começo deste século, uma das maiores referências no assunto, relata que quando em boa postura “a coluna apresenta as curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores ficam em alinhamento ideal para sustentação de peso. A posição ‘neutra’ da pélvis conduz ao bom alinhamento do abdômen, do tronco e dos membros inferiores. O tórax e coluna superior ficam em uma posição que favorece a função ideal dos órgãos respiratórios. A cabeça fica ereta em uma posição bem equilibrada que minimiza a sobrecarga sobre a musculatura cervical.” (Kendall, McCreary & Provance, 1995, p.71).
O estudo do equilíbrio corporal e da postura corporal contém aspectos que estão englobados no sistema de controle postural, um envolvendo a orientação postural, ou seja, a manutenção da posição dos segmentos corporais em relação aos próprios segmentos e ao meio ambiente, e o outro, o equilíbrio postural, representado por relações entre as forças que agem sobre o corpo na busca de um equilíbrio corporal durante as ações motoras (Horak e Macpherson, 1996). A orientação postural e o equilíbrio postural são constituídos por fenômenos distintos que, no entanto, apresentam relações dependentes (BARCELLOS e IMBIRIBA, 2002).
Gardiner (1986) enfatiza que a manutenção da postura corporal ocorre através de músculos antigravitacionais que possuem características que permitem adaptações com pouco esforço. As fibras musculares destes músculos são vermelhas de contração prolongadas sem fadiga e multipenadas em forma de leque, e que estas características proporcionam uma configuração poderosa com pouca amplitude de movimento.
O homem foi construído sobre um desequilibrio anterior, a linha da gravidade cai a frente dos maléolos, o peso da cabeça está em desequilíbrio à frente, em relação à essa linha (dois terços a frente para um terço atrás); o resultado desse desequilibrio anterior alto e baixo é a colocação em tensão das fáscias posteriores, preferencialmente ligamento cervical posterior mais aponeurose dorsal mais aponeurose lombar. Esses elementos conjuntivos formam a cadeia estática posterior. Esta cadeia tem a particularidade de não ser muscular. É necessário não confundí-la com a cadeia de extensão. Esta última é muscular, formada pelos musculos paravertebrais dos planos profundos e médios; que a cadeia estática posterior tem a qualidade de economia e, sobretudo, de proprioceptividade para gerenciar o reequilíbrio através das informações que ela envia aos paravertebrais. É normal que os fatores estáticos estejam preferencialmente atrás, para estarem opostos. As fáscias, sob diferentes formas, estão presentes em todo o corpo e compartimentos. Elas têm uma função pouco colocada em evidência: a de formar um envelope periférico do corpo, como o invólucro de um boneco inflável, que se mantém pela pressão intratorácica, pela pressão intra-abdominal e por todas as pressões internas (Busquet, 2000, p.51).
“Posição econômica que é a mesma para o tronco, esteja o individuo sentado ou em pé. Sobretudo posição que leva a uma constatação capital: o corpo ereto em determinadas condições, jogando com a gravidade, fica em pé devido ao seu tônus, devido às contrações correspondentes às oscilações dinâmicas do ser vivo. Não é preciso usar grande força muscular para ficar em pé, estável, mas um equilíbrio adequado.” (Piret e M.M.Béziers, 1992, p.11).
“No sistema nervoso central (encéfalo), existem centros de equilíbrio que recebem informações de diversos receptores, como o sistema labiríntico, que registra as diferenças de pressão dentro do ouvido interno, e o sistema oculocefalógiro, cuja função é manter os dois olhos na mesma horizontal e em coordenação com os movimentos da cabeça. Há igualmente receptores podais sensíveis à pressão experimentada pelas diferentes partes dos pés e que provocam uma reação postural global. Receptores situados nas capsulas articulares e ligamentos periarticulares informam aos centros de equilíbrio sobre a posição das diferentes articulações do corpo, permitindo igualmente um reajustamento permanente da postura. Enfim, também existe no músculo receptores sensíveis que informam à medula sobre o alongamento sofrido pelo músculo fazendo-o ajustar sua contração às mudanças de situação. A cada instante a ação da gravidade é enfrentada por finos reajustes, cujos instrumentos são os músculos; é importante observar que o equilíbrio não é tão estático quanto parece, já que resulta de continuas recuperações de pequenos desequilíbrios. ...não é especificamente essa noção de regulação do equilíbrio que vai nos interessar, mas sobretudo a influência das pulsões piscocomportamentais na postura. Vimos que essa pulsões desequilibram o corpo em diferentes direções que são próprias a cada uma delas. A regulação do equilíbrio deve então se compor com o desequilíbrio induzido pela pulsão psicocomportamental, alem de compor-se com os efeitos da gravidade.” (Campignion, 2003, p.72,73).
A postura é a conformação mecânica de um corpo perante as forças a qual é submetido. Ela corresponde a imagem corporal constituida, que está diretamente relacionada a descoberta do ser enquanto individuo e em relação com o meio, às experiencias vivenciadas e a carga genética adquirida.
Uma boa postura pode ser entendida como um corpo em equilibrio geral, com economia de gasto energético, e sem dor.