sábado, 31 de outubro de 2009

Como se dá o equilíbrio do corpo?

Todo o seu conteúdo, que é um universo amplo e rico em diferenças, mas ao mesmo tempo contínuo entre si, só é porque está em relação. Um possibilita a melhor função do outro e vice e versa; nos planos neurológico, visceral, parietal, hormonal, e hemodinâmico.
Se o corpo está em equilíbrio, está confortável, sem dor, livre e com pouco gasto energético.
Porém, é possível que nos deformemos, aliás, fazemos isso constantemente, pois se mal temos consciência do que sentimos, quanto mais de como nosso corpo reage ao que sentimos. Quando as atitudes não estão em sincronia com o que pensamos elas não conseguem ser autênticas, livres, sensatas, ou seja, nós não reagimos de uma forma sincera conosco. Não nos acolhemos, nos colocamos em estado de vítima ou de cegueira.
Atitudes preferenciais que envolvem uma sobrecarga muscular e um conteúdo emocional desconhecido, desconectam o caminho de força que deveria circular livremente, de um músculo ao outro, oferecendo espaço à articulação.
Num primeiro estágio nos deformamos buscando um equilíbrio que depende de um desgaste energético grande e que tenta a todo custo prorrogar a instalação da dor.

O que são Cadeias Musculares?

São estruturas dinâmicas ou circuitos de forças organizadoras que se propagam em diferentes direções e planos musculares, para assegurar a estática, o equilíbrio e o movimento do corpo.
O corpo deve ser capaz também de perceber, sentir e agir. Portanto ele sempre está em relação a algo.
Nos movemos quando se inicia uma tensão que se propaga e recruta músculos que estão em continuidade, de forma cadenciada. Músculos que se organizam para uma determinada função, portanto a anatomia muscular, óssea, visceral, neurológica, interage na programação da função a ser executada. Porém esta tensão geradora de um circuito de força, organizadora do corpo, se comportará de forma livre quando a amplitude do movimento for ampla e seu desenho harmônico. O circuito depende de como esses vetores de força se relacionam com as articulações.
As regiões do corpo que são solicitadas de forma repetida e constante geram uma sobrecarga de tensão muscular que desconecta esse caminho de força regularmente. A partir daí são criados esquemas de adaptação, de compensação, e quando esses esquemas já não forem suficientes, a doença poderá se instalar.