domingo, 1 de novembro de 2009

Método GDS, o corpo é uma linguagem

No Método de Cadeias Musculares e Articulares há uma proposta de análise morfológica que auxilia o terapeuta a compreender a estrutura psicocorporal do indivíduo, na abordagem somática a ênfase é dada ao discurso e ação na primeira pessoa do singular. Esses dois aspectos enriquecem o processo terapêutico e, por isso, devem ser utilizados; o primeiro, porque traz mais subsídios ao terapeuta para compreender o sujeito; o segundo, porque solicita a participação do sujeito, valorizando suas percepções internas e sua responsabilidade no tratamento sendo um incentivo à conscientização corporal e proprioceptiva.
Denys-Struyf (1995a), partindo da noção de que “o corpo é uma linguagem”, enfatiza que o importante é estar em condições de ver, ouvir, compreender e responder às mensagens gestuais e posturais do indivíduo, pois estas são “palavras” que, se ouvidas e compreendidas, contribuem para aliviar o desconforto humano, podendo conduzir à reconstrução da unidade psicocorporal harmoniosa do indivíduo. “Desfazer é um passo, mas é preciso consolidar para obter resultados.” (Denys-Struyf, 1995a - pg14).
Hanna (1988) enfatiza que qualquer abordagem terapêutica que não inclua a visão somática (primeira pessoa) e a visão fisiológica (terceira pessoa) é enganosa. O indivíduo pode tornar-se vítima de forças físicas e orgânicas, mas é também capaz de reagir e mudar a si mesmo. Assim, deve-se escutar o sujeito para perceber suas necessidades e ter conhecimento técnico para responder a tal demanda. “O ponto de vista somático complementa e completa a visão científica do ser humano, tornando possível uma ciência autêntica que reconhece a totalidade humana: tanto o lado do eu consciente e do eu responsável, como o externamente observável lado ‘corporal’ (Hanna, 1988, p21)”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário