domingo, 10 de janeiro de 2010

3a. idade / Idosos / Velhice - o papel da fisioterapia em pacientes idosos com doenças terminais

Há pouquíssimos trabalhos que fundamentem a prática do fisioterapeuta junto aos pacientes em fase terminal de suas doenças.
É importante a valorização do contato humano e isso não necessita de grandes investimentos e sim da capacitação dos profissionais da área de saúde e de participação efetiva deles nesse contexto. O atendimento domiciliar por profissionais da saúde com a participação de familiares pode ser a solução para os casos em que o paciente prefere ficar em um ambiente familiar. Alguns programas de Home Care, ao redor do mundo, demonstram que as famílias e cuidadores informais estão abertos ao desenvolvimento das habilidades necessárias para proporcionar um bom cuidado. Para esses familiares, toda a esperança estará focada na remissão da doença. Por vezes, o sentimento de esperança pode aumentar a expectativa de vida e diminuir o sentimento de perda.
A comunicação é essencial para o alívio do sofrimento, pois possibilita ao paciente
desenvolver um senso de controle sobre sua situação. A comunicação pode dissipar o sentimento de abandono, que é um dos principais desagrados enfrentados pelo paciente e familiares. Pela discussão do prognóstico e explicação do tratamento, os profissionais podem demonstrar sua atenção e mutualidade frente ao estado do paciente, respeitando as diferenças culturais e convencendo que o crescimento pode ocorrer mesmo no fim da vida. A esperança é instintiva e benéfica ao ser humano, auxiliando-o na busca de melhores condições e satisfação. Porém, em alguns casos, esta esperança deve ser redirecionada a objetivos mais simples, como a reintegração do paciente à sociedade, desenvolvimento de atividades culturais, físicas ou recreacionais .
Os principais papéis do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar ressaltados no estudo aqui apresentado foram: ajudar o paciente a manter sua identidade; apoiá-lo na manutenção de vida ativa até a morte; gerar conforto; treinar habilidades remanescentes; promover atividade corporal; manter a autonomia dos pacientes; incentivar a convivência com a família e amigos; orientar os cuidadores.
Os principais sintomas identificados nos pacientes, sobre os quais a fisioterapia pode atuar, foram: fadiga; dispnéia; déficit de locomoção; perda da funcionalidade; ansiedade; espasmo muscular; dor; fraqueza; acúmulo de secreção; úlcera de pressão; perda do equilíbrio; contratura; constipação intestinal; depressão; edema. As condutas fisioterápicas mais citadas foram: massagem; movimentação passiva, ativo-assistida e ativa; posicionamento; transferência; mudança de decúbito; infravermelho; estimulação elétrica transcutânea; compressão e elevação; vibrocompressão; drenagem postural; respiração diafragmática; estímulo à tosse; aspiração; prescrição de auxílio para marcha; treino de deambulação.



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